O empreendedor deve se concentrar na estratégia ou no operacional?
Em geral, o negócio próprio é a realização de um sonho. O empreendedor batalhou para estar lá, concentrou toda a sua energia na criação da empresa, bolou produtos ou serviços, estudou seu potencial cliente. Ele conhece o negócio profundamente e no início, de forma natural, acaba sendo ele o responsável pelas vendas, pelo financeiro, pela cobrança, pelo marketing, pelo RH. Ele coloca a mão na massa e faz de tudo um pouco (ou muito!), já que está extremamente envolvido com a operação e com a execução do negócio. Mas, se ele planejou tudo direitinho, a empresa começa a crescer. E, nesse momento, fica diante de um dilema: continuar à frente da operação ou se dedicar à estratégia?
Se você percebe que o seu negócio está estagnado, que as vendas não crescem e que a equipe anda desmotivada, esta é a hora de voltar sua atenção para a estratégia. Estes são importantes indicadores de que o empreendedor está olhando mais para dentro do que para o mercado e, a partir daí, pode começar a perder competitividade. Cada momento da operação exige do empresário um papel diferente. Neste ponto de virada, como ele é essencialmente comprometido com a missão e a visão da empresa, cabe a ele trabalhar pelo crescimento do negócio.
Portanto, esta é a hora certa para começar a preparar pessoas para auxiliar na gestão, de modo que o empreendedor se mantenha próximo da operação, mas não à frente dela. Ele precisa ter tempo para observar os concorrentes, pesquisar tendências, buscar oportunidades futuras conversar com investidores. Precisa de tempo para continuar inovando. Enquanto a equipe cuida do dia a dia, o empreendedor passa a mirar o futuro. Este, portanto, é o momento de aprender a delegar!
O primeiro passo para essa mudança é o surgimento de “líderes funcionais”, ou seja, aqueles que vão ter funções específicas: marketing, finanças, comercial, etc. Elas começam em pontos nevrálgicos, fundamentais para o bom funcionamento da empresa e, aos poucos, vão se espalhando para outras áreas. Para que este processo ocorra sem percalços, o empreendedor deve conhecer muito bem sua equipe, seus pontos fortes e fracos, para conferir a cada um as funções certas e extrair deles o melhor.
Outro cuidado importante nesta transição é colocar no papel as atribuições de cada departamento e o que passa a ser responsabilidade de cada novo cargo. É importante que os colaboradores conheçam suas funções e saibam o que é esperado deles. Da mesma forma, o empreendedor precisa ter plena certeza de que as atividades estão sendo devidamente tocadas por outras pessoas.
Outra providência do empreendedor deve ser criar metas. Todos precisam saber para onde estão caminhando. Além de dar segurança à equipe e ao empresário, as metas motivam e impulsionam os colaboradores para fora da zona de conforto. E, sem dúvida, ajudam no acompanhamento dos resultados.
Na outra ponta, enquanto trabalha pela estratégia do negócio, é importante que o empreendedor “ouça a voz da experiência”. Ninguém nasce sabendo tudo e, na vida corporativa, esta é uma máxima incontroversa. Para bolar planos e estratégias, não basta intuição e criatividade. É sempre bom trocar e aprender com quem tem bagagem e conhecimento. Esta troca pode ser através de cursos, feiras, seminários e também de consultorias ou mentorias. O importante é trabalhar no presente para garantir o futuro do negócio!
Se você precisa de ajuda para pensar o futuro da sua empresa ou quer se capacitar para esta fase mais estratégica, nos procure! A ProPAT pode ajudar você.