Antigamente, bastava uma empresa oferecer um bom produto ou serviço para ser bem-sucedida e ter a simpatia e afeição de seus clientes. Oferecer preços baixos, bons prazos de entrega e um marketing inteligente, eram diferenciais competitivos. Hoje, isso não basta. Consumidores cada vez mais conscientes exigem empresas igualmente conscientes, adeptas da responsabilidade social – fazer o bem, interna e externamente, nunca esteve tão em voga.
Não se trata aqui apenas de financiar projetos sociais. Mas, principalmente, de assumir uma conduta ética em todas as suas relações, sejam elas com os consumidores, com a comunidade em que estão inseridas, com os colaboradores, fornecedores ou governos, além de ter uma postura ambientalmente correta. Estamos falando, por exemplo, de iniciativas que respeitam o meio ambiente, de empresas que capacitam seus fornecedores, de companhias que incentivam o voluntariado entre seus funcionários, de empreendimentos que proporcionam melhorias para a região onde estão instalados e respeitam a vizinhança, de entidades que pagam os impostos corretamente e seguem rígidos padrões de transparência. Esta mudança de paradigma vem levando as empresas a continuamente repensar seu papel social e a maneira como conduzem seus negócios.
O fenômeno é verificado globalmente e tem demonstrado força particularmente surpreendente no Brasil. Na Europa e nos Estados Unidos, pesquisas indicam que metade dos consumidores toparia pagar mais por produtos de empresas socialmente responsáveis. Por outro lado, 70% não comprariam, nem mesmo com descontos, de indústrias que notadamente não se preocupam com questões éticas. No Brasil, estudo da Zendesk divulgado no ano passado mostrou que 87% dos consumidores ouvidos preferem comprar produtos ou serviços de empresas responsáveis socialmente. A pesquisa também revelou que o brasileiro não se importa de pagar de 5% a 10% a mais pelas mercadorias de empresas comprovadamente engajadas com o desenvolvimento social.
À primeira vista, pode parecer um fenômeno restrito às grandes corporações. Mas a mudança impacta toda a cadeia produtiva. Alguns (bons) exemplos são o crescimento da demanda por os produtos artesanais, a predileção de clientes por bares e restaurantes cujos fornecedores sejam pequenos agricultores, a preferência por estabelecimentos que privilegiem fornecedores locais, o fortalecimento da indústria criativa de pequeno porte e o incentivo ao consumo de produtos ou serviços oferecidos por mães empreendedoras. O consumidor incentiva, assim, a melhoria qualidade de vida e a distribuição mais igualitária da renda.
O consumidor atual está de olho naquelas empresas que buscam agregar valor à sociedade. Mas está igualmente atento à possibilidade de o discurso de “bom-moço” ser apenas uma jogada de marketing. A responsabilidade social deve ser um desejo genuíno da corporação de fazer acontecer. Caso contrário, pode trazer não apenas prejuízos financeiros, como também danos de imagem que podem comprometer a continuidade da marca.
Se você é empreendedor e busca implantar ações de responsabilidade social na sua empresa, venha conversar conosco!
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