Dessa vez, aponto caminhos para prestar socorro àqueles que sempre cuidam de nós

Depois de tanto nos ajudarem a ser mais saudáveis, inverto dessa vez os papéis. Me ofereço a apontar caminhos para socorrer os médicos. Não eles pessoalmente (afinal, quem sou eu, né?), mas indicando caminhos e orientando para que eles tenham saúde financeira em suas clínicas e garantam longevidade a elas.

Em minha trajetória, que inclui consultoria a empresários de pequenas e médias empresas, e também, de clínicas. Percebi que a gestão financeira das clínicas médicas possui uma série de diferenças, quando comparado às empresas de outros nichos. Por exemplo, os nichos de varejo e de fabricação. O “correr” da organização do atendimento à saúde, os múltiplos procedimentos e especialidades oferecidos em um espaço, por si só, exige uma avaliação criteriosa. Além da presença de muitos profissionais e a quantidade de pacientes de diferentes perfis determinam a necessidade de ter um programa de gestão financeira exclusivo para médicos empresários.

Em primeiro lugar, percebo que nas clínicas faltam profissionais com qualificação e destinados unicamente à função da gestão financeira. O que acaba se tornando um aspecto negligenciado, que é, na verdade, um dos pilares da boa administração.

Por falta de tempo ou por ter a ideia do mito que contratar uma pessoa para fazer a gestão financeira é muito caro, normalmente, este trabalho fica com uma recepcionista da clínica. Em alguns casos, o médico, que é o sócio administrador, acumula funções para gerenciar essa o financeiro. E com tantas variáveis que existem na clínica, percebo que esse  acaba sendo um grande erro. Muitos médicos sócios não sabem se estão tendo no mês lucro ou prejuízo.

Vi em algumas delas o erro mais comum, que é: Subtrair tudo que entrou (receita) de tudo que saiu (despesas), e achar que o resultado é o lucro. E acreditar que assim está sendo realizado o controle das finanças.

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Avalia, agora, como está a situação da sua clínica

Peço que pare tudo e analise a sua clínica rapidamente e veja se reconhece alguma dessas situações:

  • Ocorre muita inadimplência dos pacientes?
  • A conta corrente pessoal do médico sócio é misturada com a da clínica?
  • As contas são pagas em atraso, gerando muitos juros?
  • As despesas fixas pesam muito no orçamento?
  • Não tem ideia de quantos pacientes deve atender por mês para pagar as contas?

 

Se respondeu sim em algumas das perguntas, o que a sua clínica precisa com urgência  é de uma gestão estratégica e de planejamento financeiro.

Nesse setor, em específico, inicio fazendo uma análise dos resultados mensais de pelo menos 12 meses (ou 6 meses no caso de clínicas mais “jovens”). Em seguida, listamos os atendimentos passados e olhamos o futuro, para organizar e otimizar  os atendimentos, já que são eles os responsáveis pelo lucro das clínicas. 

A partir de então, aplicamos estratégia de planejamento financeiro. Com base na análise inicial projetamos os próximos doze meses com a estratégia para entrar na espiral do lucro.

Também registramos todas as despesas fixas e calculamos a margem de lucro da clínica.

Estamos passando um momento desafiador, por conta da pandemia da COVID-19, que acarretou uma redução na renda de milhões de pessoas e também, por conseguinte, impactou todos os negócios. Com a vacinação de cada vez pessoas, também podemos projetar e planejar uma retomada, dessa vez com a “clínica em ordem”. Essa organização e gestão financeira traz profissionalismo a esses negócios. 

Estratégias para melhorar a performance

A partir dos problemas comuns , compartilho ações para solucionar grandes entraves que barram o crescimento das clínicas.

  • Calcular a margem de lucro de cada especialidade e procedimento;

Tarefa essencial para saber qual deve ser o marketing da clínica, direcionar a divulgação e, onde investir em equipamentos, por exemplo.

  • Identificar o número de pacientes fiéis e o quanto representam no faturamento;

A partir disso, criar condições e estratégias de fidelização entre aqueles que já tiveram atendimento, incluindo, aqueles que utilizam procedimentos de maior rentabilidade

  • Planejar recebimento de pró-labore e dividendos;

O objetivo é que as retiradas sejam planejadas para criar capital de giro para a clínica, e ao mesmo tempo, o médico saber quanto pode fazer de retirada cada mês.

  • Precificar corretamente;

Cometer enganos ao colocar os preços, pode levar a prejuízos que podem acarretar na falência.

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