Entenda como criar e manter o Capital de Giro e garantir um caixa estável
Sabe aquele momento em que você compra uma mercadoria, chega a data de pagar o fornecedor, mas ainda não recebeu o valor da venda? Pois esse período, esse hiato, que pode levar até meses, acontece com, praticamente, todos os negócios e depende de um fator para não ser uma tormenta e minar a sobrevivência da sua empresa: o famoso “Capital de Giro”.
Esse recurso de extrema importância para a saúde financeira, tem uma definição simples: a diferença dos recursos que estão disponíveis em caixa e a soma das despesas e contas a pagar. Assim mesmo! Mas, a partir disso é que surgem as dúvidas.
Como fazer? Como mantê-lo? Por que ele é tão importante para manter o seu negócio vivo?
Veja só a importância dele, a partir desses dois cenários por etapas,o ideal, que dificilmente acontece e o real, aquele que acontece com a imensa maioria das empresas:
Ideal:
1. Compra da Mercadoria
2. Venda do Produto
3. Recebimento
4. Pagamento do Fornecedor
Nesse cenário há uma sincronia “perfeita” entre pagamentos, e parte-se do princípio que a venda do produto será SEMPRE realizada à vista
.Mas, o exemplo que mais se aplica à nossa realidade é esse:
Real:
2. Venda do Produto
3. Pagamento do Fornecedor
4. Recebimento
Aqui, entre as etapas de Venda do Produto, do Pagamento do Fornecedor e do Recebimento da venda, é que se faz presente a importância do Capital de Giro, que garante respiro e movimento ao caixa da empresa, preenchendo o espaço-tempo entre os pagamentos e recebimentos.
Para se ter uma ideia, com Capital de Giro é possível proporcionar financiamento aos clientes (as vendas a prazo), manter estoques e assegurar o pagamento de fornecedores (compras de matéria-prima ou mercadoria para revendas), o pagamento de impostos, salários e custos e despesas operacionais.
Viu vantagem, né? E, para determinar o valor necessário para fazer o seu negócio girar, manter o fluxo de caixa,estabilizado, deve ser feito um planejamento criterioso:anotar todos os gastos, despesas fixas e variáveis e uma projeção das entradas.
Uma vez determinado esse valor, vamos às possibilidades para obter o recurso:
Por meio dos fornecedores: as mercadorias e matérias-primas são financiadas com prazo mais elevado de compras.
Empréstimos bancários: existem no mercado diferentes modalidades de crédito para as empresas que garantem a criação desse recurso : financiamento de capital de giro, descontos de títulos e duplicatas, antecipação do cartão de crédito, FINES, entre outros. Essa é uma solução possível, porém deve-se ter bastante atenção e planejamento, uma vez que os créditos envolvem juros, o que compromete a margem de lucro.
Recursos próprios: aqui vale uma boa organização das despesas pessoais e despesas da empresa, para não misturar as contas, ainda mais se houver sócios no negócio. Além de fazer uma reserva de emergência.
Também aponto um “Manual de Sobrevivência” do Capital de Giro, porque de nada adianta criar o recurso e vê-lo ficar escasso.
Uma vez definida qual é a quantia de giro, não utilize esse recurso para cobrir despesas ou deixe de repor quando houver entrada de dinheiro.
Crie Capital de Giro com recursos próprios, para fazer o ciclo operacional rodar sem estar com fluxo de caixa negativo. Leia mais abaixo sobre a definição de Capital Social.
Faça planejamento de retirada e pagamentos sem que haja perda dos recursos destinados ao capital de giro.
Em períodos desfavoráveis economicamente, busque por vendas que trazem maior rentabilidade e margem de contribuição. Já em períodos favoráveis, aposte em produtos com maior rentabilidade.
Combinar serviços entre empresas para aumentar as vendas, cria um fluxo de caixa estável, de acordo com a particularidade de cada um. Por exemplo, uma loja pet shop, que se junta aos serviços de banho e tosa, associada com a venda de produtos especializados para animais.
Fazer vendas com menos parcelas ( pode ser pelo estímulo de bons pagadores, sem cobrar juros por menos parcelas) e negociar o aumento do prazo de pagamento
de fornecedores.
Capital Social x Capital de Giro
Os dois recursos apesar de serem totalmente diferentes ainda causam bastante confusão. O Capital Social, diferente do Capital de Giro, é o montante necessário para iniciar as atividades, quando ainda não há autonomia na empresa para gerar lucro e autossustento.
O valor é definido pelo proprietário, sócios ou acionistas e é utilizado para “criar” a empresa: comprar equipamentos, contratar serviços, tudo o que for necessário para fazer o negócio rodar.
Conforme a empresa cresce, aumentam os investimentos e assim aumenta também esse valor. Por isso que quanto maior o Capital Social de uma empresa, mais ela se apresenta como uma organização rentável.
Comece sempre com o menor valor de capital social. Quando a empresa for crescendo, integraliza mais capital e o valor da empresa se eleva.
Caso tenha mais dúvidas sobre o Capital de Giro e Saúde Financeira procure a Propat para um atendimento personalizado para o seu negócio.
No meu E-book “Espiral do Lucro” eu apresento cases, dados e formas de manter a sua empresa em estabilidade e crescendo. Veja como tornar o lucro uma realidade na sua empresa.
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